quinta-feira, 15 de novembro de 2007
O dia de montar a árvore de natal.
Finalmente chegou o grande dia! Como qualquer outra criança de 2 anos que adora novidades e adora manusear objetos coloridos que parecem mágicos, Pedro estava ansioso para este momento. Quando comecei a abrir as caixas com os enfeites, os olhinhos dele brilhavam como um verdadeiro pisca-pisca de natal.
Quando a árvore ficou pronta, ele logo disse: " Mamãe, ficou muito bonita..." E é claro que ele não disse exatamente assim, mas já estou traduzindo para vocês, leitores, para que o texto não fique tão longo. Bom, não pára por aí. Elogiamos a árvore juntos e ele completou: "Mamãe, eu não escrevi a cartinha do Papai Noel." Então, lembrei a ele que ainda não havia escolhido o presente. O mais engraçado e comovente foi a expressão que resplandesceu em seu rostinho, dizendo: "Puxa Vida..." com um suspiro que parecia vir acompanhado de muitos problemas seríssimos a serem resolvidos.
Bom, então resolvemos iniciar a pesquisa que indicaria os presentes mais prováveis a serem pedidos para Papai Noel. Aproveitando o clima de natal antecipado, resolvi colocar um filme em DVD do natal passado, quando ele ainda era muito pequenino e talvez não compreendesse tão bem o significado do verdadeiro Natal. E achei que esse ano ainda não seria possível ensinar a ele, mas me surpreendi quando, ao final do filme, (depois de quase 2 horas de duração) o menino do filme perde o presente que havia ganhado de Papai Noel. Meu filho então, começou a chorar, desesperadamente, e eu, sem entender e sem saber o que fazer, pegue-o no colo e tentei consolá-lo. Então depois de muito choro, ele finalmente falou o motivo do pranto: "Ele perdeu, mamãe. Ele perdeu o presente do Papai Noel."
Meus amigos, eu não sabia de ria ou se chorava junto com meu filho. Pois percebi que aquilo que parece banal a nós, adultos, pode ser sério e traumatizante para uma criança. Comecei a explicar, então, que Papai Noel encontraria o presente e levaria para o menino na noite do natal, e deixaria o presente junto da árvore de natal, na casa do menino. Depois que ele acalmou o choro, esperou até o final do filme e conferiu que realmente o que eu havia dito era verdade, se sentiu mais aliviado. E eu nem preciso dizer que me senti confortada e igualmente aliviada, pois sabia que havia conquistado um pouco mais da confiança de meu filho e que ele se sente cada vez mais seguro comigo, que confia e acredita em mim. Percebi a importância de ensinarmos a verdade às crianças e, principalmente, de praticarmos o que ensinamos a elas.
Aliás, neste dia aprendi várias lições com meu filho de apenas 2 anos:
1- As ações mais simples podem ter um valor imenso (como montar a árvore de natal, por exemplo);
2- As crianças entendem o valor e o significado do natal, muitas vezes melhor do que nós, adultos, que quando crescemos, esquecemos de toda a importância de Papai Noel e outros seres mágicos do natal;
3- As crianças não devem ser subestimadas jamais;
4- Uma mentira pode causar mágoa e frustração pro resto da vida de uma criança, pois elas compreendem o que há de mais complexo na vida;
5- Se não praticamos o que ensinamos, estamos perdendo tempo.
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
A chegada de papai noel
Vem se aproximando o natal. Meu rebento guarda consigo uma lembrança remota do que é o natal, com suas luzes coloridas a piscar, bolas e enfeites por toda a casa, musica natalina e o "hohoho" do papai noel que fica pendurado no teto, como se fosse cair em cima da árvore de natal.
O mais engraçado é que os natais passados (desde que ele nasceu) ficaram guardados na sua memória como algo muito, muito importante, mesmo sem saber realmente o seu significado, pois ele jamais se esqueceu da palavra "natal" durante todo o ano. E sempre que passávamos perto de alguma casa que guardava no jardim de frente um arbusto ou qualquer outra árvore ou planta parecida com um pinheiro de natal, ele dizia: "natal" com tanta segurança, que não adiantava tentar explicar que ainda não era época de natal.
E agora que talvez já entenda o significado da festa natalina, chega em casa e pega uma meia sua para colocar na janela, à espera do famoso velhinho que vai passar em todas as casas na noite de natal, deixando presentes para as crianças que se comportaram bem durante todo o ano que passou. É gratificante sabermos que as crianças absorvem o que nós ensinamos com tanta fidelidade e confiança, que nós mesmos voltamos a acreditar no espírito natalino e nem nos damos conta disso.
Depois do episódio da meia na janela, tenho que montar a nossa árvore de natal, tenho que pendurar as meias de todos nós na janela, tenho que escrever as cartinhas ao Papai Noel e esperar que ele traga pra todos nós muita paz, amor e esperança. Abençoadas sejam as crianças e todas as coisas boas que ensinamos a elas!
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
A viagem mais longa de nossas vidas...
No último final de semana fomos ao Rio visitar a vovó, a bisa, a prima e a titia. Após uma confusão imensa, resolvemos viajar sem fralda. Foi como imaginei: a viagem mais longa de nossas vidas... Fomos simplesmente parando durante toda a viagem, para tentar fazer xixi, cantando e brincando para que a criança não dormisse, pois dormir seria fatal a essa altura do campeonato.
Ao chegarmos ao nosso destino final, eu me sentia como se tivéssemos ido do Oiapoque ao Chuí de bicicleta, de tão cansada. Conhecemos todos os acostamentos da estrada, tentando acertar as formiguinhas dos acostamentos com o xixi, tentando acertar o pé do papai que se propôs a fazer xixi também pra incentivar (ou porque estávamos demorando tanto a chegar que papai também não se aguentou...).
Tudo isso, com um detalhe: a cada abaixada de bermuda e cueca era um escândalo, porque ninguém podia ver a bunda dele, então eu tinha que consertar primeiro a cueca e a bermuda, para que ninguém tivesse o privilégio de ver aquela bundinha linda, e somente então é que ele conseguia se concentar para fazer o tão esperado xixi. Ele fica irritadíssimo se alguém fizer algum comentário sobre a bunda dele. E toda vez que abaixo a bermuda ele fala: "mi buda di foia, mamãe". É um prodígio esse menino.
Depois do Dia das Crianças... de novo o xixi e o cocô!
Pedro ficou felicíssimo com os presentes que ganhou, adorou a comemoração do Dia das Crianças da escola, contou pra todo mundo que visitou um sítio muito legal (é claro que eu tinha que estar sempre ao seu lado para traduzir tudo o que ele contava, para que alguém entendesse, né? Mas, isso não vem ao caso...).
Quanto ao xixi e ao cocô, tudo na mesma. Às vezes progredindo aqui e ali, outras vezes regredindo lá e acolá. Tudo caminhando na santa paz. Chegou até a pedir pra fazer cocô. Quase infartei! Quando ouvi o pedido, levei-o rápido, mais que depressa ao banheiro, colocando-o na posição mais confortável possível (e a mim também) pois achei que o processo demoraria horas (como de costume). Eis que para minha surpresa, o filhote fez força, e me avisou: "tá fidi" – o que viria a significar "Já fiz". Quando olhei dentro do penico, estava lá, enorme, vistoso e olhando pra minha cara de boba. Foi uma festa maior do que a do Dia das Crianças, aposto!
Ele ficou que não se aguentava de tão feliz. Achei que foi um progresso muito grande e achei também que aquele cocô significava um marco na nossa trajetória de abandonar as fraldas. Mas acho que me enganei. Porque já se passaram alguns dias e tudo voltou ao normal, exatamente como no início.
Também passamos pelos dias em que o xixi se comportava direitinho. Ele estava até fazendo sozinho, mirando às vezes no próprio pé, outras vezes no NOSSO pé, mas tudo bem. Pelo menos estava gostando do fato de ter de abaixar a bermuda e a cueca sozinho, depois segurar o blimblimblim e tentar acertar o "alvo". Tudo bem que toda hora tínhamos que limpar o chão do banheiro, porque ele achou super divertido apertar a pontinha do blimblimblim e fazer um chafariz de xixi. E ainda falava pra mim: "mamãe, tuveio" – traduzindo: "chuveiro". E se acabava de rir... Agora vamos aguardar as próximas descobertas... mas, uma hora ele vai aprender de vez, eu tenho fé nisso!
terça-feira, 9 de outubro de 2007
Dia das Crianças...
Está se aproximando o Dia das Crianças. Pedro pediu de cara três presentes. Um "moneco ome-aanhá", um "moneco duio do totoicó" e outro "moneco tiec". Difícil foi traduzir esses pedidos e transformá-los em presentes. Por fim, acabamos nos entendendo e descobrindo que o primeiro se referia ao boneco do Homem-Aranha, o segundo ao boneco do Júlio do Cocoricó e o terceiro ao boneco do Shreck. Ufa! Ainda acho que essas crianças deviam nascer com um botãozinho escrito assim: "tecla SAP", porque desse jeito, vou aprender a falar "Javanês" sem perceber...
Então vamos ver no que vai dar...
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
Criança feliz, quebrou o nariz...
Quanta novidade! Ao chegar na escola, procuro na salinha do maternal , e nada... aconteceu alguma coisa! "Onde está o Pedro?" pergunto eu, no que responde a professora (uma delas): "Está lá atrás com a coordenadora". Pensei: "Bom, deve ter aprontado alguma coisa. Mas, o que será que pode aprontar uma criança de apenas 2 anos, para ir parar na Coordenação da escola?" – e fui ver o que havia acontecido.
Quando cheguei "lá atrás" estava meu pimpolho com o nariz vermelho e inchado, sentado no colo da coordenadora, esperando que a mesma acabasse de colocar o gelo no nariz. Depois que vi que nada de grave havia acontecido, não sabia se ria, se conversava com ele para tentar acalmá-lo (acalmá-lo e quê exatamente, se ele parecia super tranquilo?), ou se tentava me acalmar.
Bom, peguei-o no colo e comecei a conversar com ele, para tentar entender o que havia acontecido, ou melhor, o que ele havia feito. Ele então me contou que puxou a cadeirinha de refeição e que a mesma virou em cima dele e o apoio da frente bateu no seu nariz. Perguntei se estava doendo no que ele me respondeu: "nããããoooooooo" e aí me deu ainda mais vontade de rir.
Passado o susto, levei-o para o atendimento de emergência mais próximo apenas para verificar e ter a certeza de que estava tudo bem. Depois, de volta para casa, passamos a noite colocando gelo no nariz. Que programão hein! Ainda bem que foi apenas um susto. Passar o dia das crianças com o nariz quebrado não seria nada agradável. Aproveitando a ocasião ensinei pro meu filhote a famosa musiquinha: "Criança feliz, quebrou o nariz, foi pro hospital, tomar sonrisal..." ele adorou a música (que é a cara dele) e ficou tudo bem.
terça-feira, 2 de outubro de 2007
O quibe.
Hoje não estou muito inspirada para escrever, porém o último fato me implora para ser publicado. Tudo estava caminhando mais ou menos, pois às vezes Pedro lembrava de pedir, outras vezes não. Às vezes lembrava de abaixar o short e a cueca, outras vezes não. E assim temos passado nossos últimos dias (e noites).
Na escola as coisas vêm acontecendo com a mesma periodicidade (às vezes lembra, outras vezes não e na grande maioria das vezes se esconde em algum cantinho para concretizar suas necessidades fisiológicas) e o progresso chegando aos poucos. Todo xixi que é feito dentro do penico merece ser guardado para ser exibido ao pai, ao avô, etc. Todos os progressos na escola vêm sendo comemorados, festejados, elogiados... tudo como manda o figurino! Hoje ( dia 02 de outubro) na saída da escola, fomos resolver alguns problemas com o nosso provedor de conexão à internet (que tenho vontade de xingar, mas não vou citar o nome da empresa) e fiquei com Pedro dentro do carro enquanto papai ia resolver tudo.
Após perguntar várias vezes se Pedro queria ir ao banheiro (com certeza eu encontraria alguma loja ou qualquer outro lugar onde nós pudéssemos usar o banheiro, mesmo sabendo que muito provavelmente não daria tempo de concluir... no banheiro!) e ele dizendo que não, senti um cheirinho desagradável, verifiquei e ainda não havia nada. Ele disse "pidei" ou seja "peidei". Perguntei mais uma vez e ele novamente disse que não queria ir ao banheiro. Resolvi então olhar na agenda escolar, onde as diárias informam se a criança se alimentou bem durante o dia, se dormiu, se fez cocô, se teve febre, etc.
Quando acabei de verificar a diária do Pedro na agenda escolar (e constatei que ele não havia feito cocô durante o dia inteiro), ouvi meu pimpolho me dar a notícia: "mamãe, cocô!" Não sabia o que dizer, o que fazer, nem por onde começar. Guardei a agenda tranquilamente, dei a ele ordens expressas para que não se mexesse, e comecei a procurar por roupa e cueca limpas para que eu pudesse dar início ao procedimento. Felizmente quando verifiquei estrategicamente o "nível da cagada", pude observar que o cocô estava firme como um quibe. Foi então que procurei ao redor e avistei uma sacola plástica de lixo (que sempre mantemos dentro do carro) contendo uma outra sacola de papel com um pedaço de plástico dentro (de uns pãezinhos que havíamos devorado na saída da escola).
Foi então que tive a brilhante idéia de "embrulhar o quibe pra viagem". Depois de abaixar a calça e a cueca com muito cuidado, peguei o quibe com o plástico e enrolei-o como que para transportá-lo pra casa, como fazemos com os fast-foods da vida. Cuidadosamente coloquei-o dentro do saquinho de papel, fechando-o e depositando-o dentro da sacola plástica de lixo. A limpeza do bumbum do Pedro, caros amigos (não teve outro jeito) foi feita com a cueca mesmo que depois foi depositada também dentro da sacola plástica rumo ao lixo. Bom, terminado o pânico, coloquei a cueca e a roupa limpas, coloquei outro par de meias (as anteriores até que davam para serem aproveitadas...) e aguardamos pacientemente até que o papai chegasse.
Que felicidade poder contar para o papai que fez xixi e cocô dentro do carro. E melhor: o rastro do xixi havia ficado bem no centro do banco onde papai se sentaria! E melhor ainda: poder mostrar todo orgulhoso o quibinho enroladinho no plástico, que mamãe guardou – é óbvio!, para mostrar pro papai (como um troféu!). E ai de mim se não tivesse guardado o quibe. E ai do pai se não quisesse ver o troféu! Vocês podem não acreditar, mas aconteceu comigo – e com o Pedro!
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
Adeus, fraldas...
É impressionante como tudo na minha vida ultimamente se resume em elaborar planos e estratégias para conseguir superar a fase de abandonar as fraldas. Estou completamente obcecada por essa idéia! Durmo e acordo pensando no xixi e no cocô do Pedro, imagino como será gratificante quando ele aprender a pedir e controlar a vontade até alcançar o banheiro... E mais! Já estou até imaginando como será maravilhoso quando ele já souber pedir durante a madrugada, acordar e caminhar sozinho até o banheiro, etc. Enfim, coisas tão simples que certamente me farão muito feliz. Agora entendo essas frases de pára-choques de caminhões, que dizem tanto sobre "encontrar a felicidade nas coisas mais simples da vida..." É exatamente assim que me sinto e me imagino: feliz porque meu filho aprendeu a ir sozinho ao banheiro.
E enquanto isso, continuo fazendo planos e elaborando projetos e táticas mirabolantes para alcançarmos esse objetivo. É nessas horas que imagino como foi árdua essa tarefa para minha mãe e vejo que quando somos adolescentes e brigamos com o mundo, realmente não sabemos nada da vida! Nem sequer nos lembramos de agradecer aos nossos pais por essas coisas, que até então pareciam tão insignificantes para nós. O apoio no primeiro dia de escola, a paciência nas horas de limpar o cocô e o xixi que espalhamos por toda a casa, a tranquilidade que os pais precisam mostrar aos filhos durante a primeira visita ao dentista ou quando essas crianças tão obedientes caem, se quebram e se machucam e precisam ser levadas com urgência ao pronto socorro, sem desespero, etc.
Depois dos filhos, nunca mais seremos os mesmos...
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
O penico.
Vencida a primeira parte da batalha (conseguir vencer o medo de fazer cocô e xixi fora da fralda), a segunda parte dessa briga consiste em conseguir controlar a vontade do xixi e do cocô até chegar ao penico, vaso sanitário, etc. Bom, nessa fase, a criança consegue se despedir da fralda em parte, porém ainda apresenta dificuldades em aceitar o penico sem medo.
Durante esses últimos dias, Pedro apresentou certa resistência em relação ao penico. Depois de muita paciência e luta, conseguimos iniciar o processo de aceitação do mesmo. Agora ele já consegue usar o penico, mesmo que eu tenha que passar o dia lembrando-o de se sentar nele – pois acha super interessante poder guardar o xixi e o cocô para mostrar ao pai, ao avô, etc. O problema agora é: na escola não se usa penico, e sim o vaso sanitário adaptado (pequeno). E agora? Ele não quer aceitar o vaso... Já pensei até em instalar um igual ao da escola em casa, mas acho que não seria muito útil depois de um certo tempo.
Comprei então, um redutor de assento sanitário feito exclusivamente para crianças "pequenas como o meu pequeno". Partiremos agora para a terceira parte da batalha: a aceitação do redutor de assento sanitário. Acho que receber um manual de utilização junto com os pequenos, quando nascem, seria muito pouco. Bom mesmo seria se existisse um curso superior, especialização, mestrado e doutorado para aprender a lidar com esses trágicos momentos.
De volta à batalha!
Fiquei alguns dias ausente, mas já estou de volta à batalha. A batalha "xixi versus cocô"... Como já citei anteriormente, sábado foi uma maravilha ver meu filho fazendo cocô no quintal da maneira mais primitiva possível. Bom, domingo chegou e eu tinha outro desafio: uma viagem já programada, com itinerário Saquarema-Rio de Janeiro, em que passaríamos dois dias na casa de minha mãe.
Na hora da viagem, com tudo já preparado, comecei a introduzir a explicação de que a casa da vovó era um pouco longe, e que o xixi e o cocô ainda não eram obedientes o bastante para esperar até que chegássemos à casa dela, então teríamos que usar uma fralda... tudo certo! Explicação aceita. Segunda parte: a chegada na casa da vovó... Após os cumprimentos iniciais, introduzimos o assunto da seguinte forma: "Vovó, você sabia que o Pedro não usa mais fralda? Pois é, então agora nós vamos tirar a fralda que usamos na viagem e ele vai mostrar como faz xixi sem fralda..." Nada feito! Acho que o xixi havia se antecipado.
Esperamos um pouco e mais tarde, nova tentativa. Nada feito outra vez! Eis que, de repente, minha sobrinha entra correndo na sala e diz: " Tia, o Pedro fez xixi na varanda..." Saí preparada para encontrá-lo todo molhado e o chão da varanda na mesma situação. Tamanho foi o susto que levei quando não encontrei-o molhado, mas apenas o chão da varanda... não entendi até agora, mas tudo bem. Os pés sequinhos, as pernas e a cueca também. Minha sobrinha me disse que ele havia abaixado a cueca e puxado o lindo piruzinho (lindo mesmo!) pra fazer xixi, como o pai havia ensinado. Não deu tempo para alcançar o banheiro nem o quintal, mas tudo bem... progresso!
Após toda a euforia pela chegada do xixi (aplausos, gritos, elogios, etc.), percebi que estamos evoluindo consideravelmente! A esperança voltou a fazer parte dos meus dias de mãe desesperada para separar o filho das fraldas. O cocô não foi tão festejado como o xixi, pois não conseguimos desta vez fazer com que ele fosse parar no lugar correto, porém com uma carga extra de paciência (motivada pela esperança), conseguimos ultrapassar esse momento sem fadigas. A luta continua...
sábado, 22 de setembro de 2007
Fim de Semana
Chegou o fim de semana... eu e meu pimpolho em casa, dia de sol, tudo maravilhoso. Estávamos aproveitando o sábado como sempre, no gramado do quintal, começando a preparar nossa mudança para a casa nova (do outro lado da rua), retirando algumas quinquilharias para arrumar e fazer o transporte, tudo normal, quando de repente, Pedro abaixa a cueca e se agacha para começar o ritual de fazer cocô.
Juro que na hora fiquei perplexa, pois até então ele não havia aprendido ainda a pedir para ir a banheiro (e ainda não aprendeu) e então me aparece com essa novidade. Aí então peguei-o pela mão e leve-o até o penico para "terminar" o que já havia começado. Chegando ao penico, ele me disse que não queria fazer mais cocô (ele já havia feito a primeira parte). Conversei com ele tentando entender o motivo que o levara a agir daquela maneira. Ele tentou me explicar então, que o cachorro da vizinha fazia cocô na grama do quintal. Pois é, tive que elaborar uma tese que explica que cachorros são diferentes de meninos.
Não creio que tenha sido bem compreendida, mas enfim, continuei tentando fazê-lo permanecer no penico para que concluísse o que já havia começado. Quando percebi que não adiantaria muito, resolvemos tomar um banho e colocar uma roupa limpa. Eis que, exatamente no momento em que terminei de vesti-lo, ele avisou que havia concluído a segunda etapa do processo: "mamãe, fizi totô". Não acreditando no que acabara de ouvir, fui então verificar o fato. E não é que era verdade? Novamente ao banheiro: outro banho, outra roupa limpinha... e o dia continua...
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
segundo dia - parte 2
Na hora de buscar meu rebento na creche-escola, respirei fundo e me perguntei: "como terá sido o dia do Pedro na escola hoje?". Bem, chegando na escola, quando tudo parecia estar em ordem, a professora me abordou: "Mãe, hoje o Pedro fez cocô na cuequinha e nós não conseguimos acompanhar o processo, porque ele foi para trás da casinha de bonecas e ficou escondido por lá até o cocô sair. Somente então veio e avisou..."
Visto que isso repercutiu como um balde de água fria na minha cabeça (fria não, gelada!), eu simplesmente falei:"Ahhh meu filho, você não pode esquecer de avisar tá?" no que ele respondeu "tá" como sempre o faz. Decidi não valorizar o acontecimento, pois tenho percebido que ele não esquece, e sim o faz de propósito, pois não aceitou ainda a mudança de hábitos. Bem, pelo menos prefiro acreditar nisso, para não pensar na hipótese de que ele esteja agindo dessa maneira para me desafiar ou me irritar ( o que às vezes não é possível, mas deixa pra lá). Agora me resta apenas aguardar o dia de amanhã. Vejamos o que vem por aí...
segundo dia.
A criação deste blog me deu uma carga de ânimo extra para continuar minha empreitada na fase do cocô e do xixi. Hoje acordei com minha rotineira paciência e permaneci nada menos que três horas tentando colocar o xixi e o cocô dentro do penico.
Ao final das 3 horas de tentativas – 3 horas e 13 minutos exatamente, consegui fazer com que o cocô fosse parar dentro do penico, apesar de o xixi ter conseguido fugir da minha capacidade de controlar os movimentos de meu filhote. Depois de contar histórias de cocô e xixi interessantíssimas envolvendo personagens famosíssimos como o Homem Aranha, o Super Homem e vários outros, e depois também de ter criado algumas canções muito criativas sobre o cocô, finalmente o dito cujo conseguiu sair de acordo com as minhas pretensões.
Após vários aplausos, gritos de guerra e euforia, pulos incessantes e outras loucuras comemorativas, decidimos que jogaríamos juntos o tal cocô no vaso sanitário, para a despedida. Despedida traumática, que começou com uma descarga pequena (proporcional ao tamanho do cocô) e o dito cujo não ia embora. Em seguida veio uma descarga maior... e nada! Meu filho se virou pra mim e disse, com ar de confuso: "mamãe, o totô não foi emboia. taí óia." Outra descarga e nada ainda. Resolvi então, deixar de lado a didática do cocô e falei: "Vamos então jogar água com o balde, ok?" no que fui prontamente atendida pelo Pedro (graças a Deus) e correu tudo bem... o balde funcionou, aleluia! Depois desse episódio, então, fomos ao banho. Depois para a escola...
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
O começo...
Nesta primeira postagem gostaria de contar como foi o dia aqui em casa, uma vez que esse blog foi criado para extravazar minhas angústias e medos com relação à criação e educação de meu primeiro e único filho, de apenas 2 anos e 16 dias (em 19/09/7). Mas, por outro lado, também devo confessar que muitas narrações divertidíssimas serão postadas aqui, pois descobri que cada criança é única e nos leva à loucura e ao mesmo tempo ao delírio total com suas invenções e descobertas fascinantes do cotidiano. Cotidiano este, que seria um tédio total sem a presença desses pequenos GRANDES seres humanos.
Hoje foi mais um dia depois que comecei a "tirar" a fralda do Pedro e inseri-lo no mundo cotidiano e diário do banheiro... Neste sétimo dia de tentativas e fracassos constantes, ele simplesmente não parou quieto no penico. Levantou-se e disse que não queria fazer "totô". Mas ao se levantar, conseguiu molhar todo o chão em volta de si mesmo. Depois de acabar o xixi (e ele olhando para o líquido que descia pelas suas pernas) ele se virou para mim e completou: "mãe fizi titi". E eu falei tranquilamente, como se aquele acontecimento não me abalasse nem um pouco: tudo bem, mas você se esqueceu de pedir. Agora vamos limpar toda essa sujeira e trocar sua roupa para que você não fique molhado. E continuei inabalável, fazendo o que havia anunciado. Mas eis que meu anjinho não estava satisfeito e não cooperou para a troca da roupa, saindo em desparada para o quarto, e, lógico, como que para me desafiar e me enlouquecer, subiu na cama, molhando toda a roupa de cama, que ficaria com aquele cheirinho super agradável de "titi" e por aí vai...
Resumindo, após trocar a roupa desta criança tão abençoada, tive de trocar toda a roupa de cama também. É claro que tudo muito naturalmente, sem gritar, sem me estressar e sem parar de contar até mil. Quando tudo estava finalmente de volta aos seus devidos lugares, sentei-me para esperar o próximo "titi" e agradecer pelo "totô" que ainda não tinha vindo...
Assinar:
Postagens (Atom)
Essas ilustrações são do Brummm. O cara é um puta desenhista, cartunista, ilustrador, etc.
Publicidade Gratuita
Vale a pena fazer propaganda gratuita desses livros-brinquedo, que a Editora Ática nos disponibiliza: A Coleção da Ninoca (achei que poderia chamá-la assim), pois meu filho os adora e posso dizer que foram os primeiros livros que despertaram a atenção do Pedro para o contato intenso com "a leitura". Esses livros deixam a criança à vontade para que possam interagir completamente com as histórias, além de apresentarem contos animados e muito educativos. Além disso, são ótimas opções para os pequenos que estão aprendendo a ler, porque educam e divertem em textos pequenos e simples. Aí vão os títulos desta coleção:
Ninoca vai nadar * Ninoca vai dormir * Ninoca vai à fazenda * Ninoca vai brincar no parque * A casinha da Ninoca * Conte com a Ninoca * Ninoca e as cores * O aniversário da Ninoca * Feliz Natal, Ninoca * Ninoca vai à escola * O sítio da Ninoca
Confira no site: www.atica.com.br
Ninoca vai nadar * Ninoca vai dormir * Ninoca vai à fazenda * Ninoca vai brincar no parque * A casinha da Ninoca * Conte com a Ninoca * Ninoca e as cores * O aniversário da Ninoca * Feliz Natal, Ninoca * Ninoca vai à escola * O sítio da Ninoca
Confira no site: www.atica.com.br